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COMO A CRISE HÍDRICA PODE AFETAR O SEU COTIDIANO

Dias ensolarados, nublados com tempo frio e chuva que é bom, nada. Atualmente passamos pela pior seca desde 1930. A crise hídrica na agricultura serve para agravar ainda mais a inflação e aumentar o esforço do cidadão para se sustentar. Você tem notado frutas, legumes e verduras bem mais caros no mercado? As carnes e ovos também elevaram o seu preço. Mas você não tem ideia de como a crise hídrica na agricultura pode impactar no seu dia a dia? Neste texto vou levá-lo a conhecer um pouco sobre a importância da chuva para a agricultura brasileira, como a falta dela afeta o seu poder de compra de alimentos básicos e o que é irrigação? O sistema que rega superficialmente as plantações, viabilizando a produção agrícola do país.

O que é a crise hídrica na agricultura?

O Brasil é um país reconhecido internacionalmente pelas suas riquezas naturais. Segundo a ANA – Agência Nacional de Águas, o país reserva 72% de toda água captada para servir a produção agrícola. Porém, isso não é o bastante para evitar que a falta de chuvas no primeiro semestre de 2021 provocasse uma crise na agricultura e na mesa do brasileiro, afetando o campo e a logística em rodovias fluviais. A irrigação, uma prática que serve para aumentar a produtividade e compensar os impactos das secas e estiagens nas plantações, está presente em todas as regiões, especialmente, no semiárido e na região central, locais que sofrem mais com as intempéries climáticas.

 A seca e a geada neste ano causaram prejuízos nas culturas de feijão, arroz, milho safrinha, laranja, café, cenoura, chuchu, entre outros e também na agropecuária do leite, carne bovina, porco, frango e ovos. Diminuindo a qualidade dos alimentos e aumentando os preços no mercado.

Processo de irrigação no Brasil

Como já foi mencionado, ele está presente em todas as regiões nacionais. Várias culturas dependem do sistema de irrigação, incluindo entre muitas outras, o arroz e feijão, alimentos que são a base da nutrição do brasileiro. A irrigação gera um fornecimento superficial de água, o qual tem o objetivo de diminuir as perdas na produção agrícola e os riscos climáticos (efeitos das secas e estiagens), além de auxiliar na aplicação de insumos. No Brasil existem quatro métodos de irrigação: superfície, aspersão, localizada e subirrigação. Entre os seus benefícios, ela aumenta de duas a três vezes a produção agrícola que depende das chuvas e melhora a qualidade dos alimentos, ajudando a padronizá-los, para facilitar o trabalho dos produtores.

Como a crise hídrica afeta a produção agrícola e a inflação?

No campo as floradas ficam danificadas, por consequência, os frutos também. Sem nutrição adequada para alimentar os animais, a agropecuária é atingida pela falta d’água e o resultado desse prejuízo é o aumento dos custos para os produtores e, menos qualidade de alimentos na mesa do consumidor final. Você reparou no tamanho da laranja, na aparência estranha de algumas frutas e legumes?

Pois é… Isso é o reflexo do clima hostil e da última geada, que provocou, estimam-se os produtores agrícolas, uma perda de 30% a 40% das hortaliças. O índice alto de desemprego no país, contribui para afetar ainda mais os reflexos da crise hídrica na agricultura, que impede o acesso do brasileiro à comida. Segundo um levantamento feito pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA).

O brasileiro passou a trabalhar 129 horas e 5 minutos para poder comprar a cesta básica em 2021, 18% mais que no ano passado (2020) quando ele só precisava trabalhar 109 horas e 10 minutos.

Como o consumidor pode lidar com isso?

Nesse período de seca é muito importante que todos nós façamos a nossa parte. Economize água o máximo que puder, no tempo de banho, nas lavagens pela casa ou ao lavar o carro. Sobre a alimentação: substitua os alimentos com preços elevados por outros mais em conta. Use a criatividade nos preparos da alimentação. Esse é um esforço que todos devemos fazer, sob a esperança dessa estiagem severa passar.

Uma mulher com alma de escritora. Jornalista, produtora de conteúdo para web, freelance em comunicação interna e marketing digital.

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